quinta-feira, 7 de junho de 2018

Revisão de conteúdo para o Provão do 2º Bimestre (1ºs anos)

Caros alunos,

Abaixo encontra-se o arquivo PDF com a Revisão do 2º bimestre. Além da revisão, aconselho a estudarem por aquele esquema que passei na lousa sobre Globalização, indico também os dois vídeos que vou deixar abaixo: História das Coisas e Ilha das Flores.

Na próxima semana, conforme combinado, irei postar aqui também a atividade de recuperação sobre o vídeo História das Coisas.

Bons estudos e boa prova!

Atenciosamente, Profa. Camila.


Clique no link abaixo para baixar o PDF:







terça-feira, 28 de julho de 2015

REPOSIÇÃO 2ºs ANOS - III. Redes e hierarquias urbanas

Redes e hierarquias urbanas
(6 aulas)


Ao abordar conceitos fundamentais para o entendimento da urbanização brasileira durante o século XX e as causas históricas que ajudam a explicar a maior concentração populacional e de atividades econômicas no Sudeste (em particular, nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro), vamos ampliar e fornecer uma visão de conjunto sobre conteúdos já estudados sobre o espaço industrial, e estabelecer conexões com o que já foi desenvolvido no 1º. bimestre sobre a formação do território brasileiro, quando é ressaltada a importância da atividade mineradora para o surgimento de cidades no Brasil, dentro da perspectiva das origens da rede urbana brasileira atual. Enfatizaremos a configuração das atuais rede e hierarquia urbanas brasileiras, esclarecendo conceitos importantes, tais como urbanização, rede e hierarquia urbanas, região metropolitana, espaço polarizado ou polarização, divisão territorial do trabalho, função urbana, metrópoles nacionais e regionais, centros regionais e sub-regionais, entre outros.
O processo de urbanização compõe a chamada rede urbana, um conjunto integrado ou articulado de cidades em que se observa a influência e a liderança das maiores metrópoles sobre as demais categorias de cidades. Essa expressão é mais usada para evocar os fluxos (de bens, de pessoas e, cada vez mais, de informações) que existem entre os pontos do território. A rede urbana nacional compreende o conjunto das cidades do território nacional, que exercem diferentes polarizações sobre os fluxos de bens, pessoas e serviços estabelecidos entre elas e com as respectivas áreas rurais. A rede urbana é formada por centros urbanos de dimensões variadas, cujas relações são dinâmicas entre si e com campos de forças de diferentes magnitudes que interagem no decorrer do tempo. O conhecimento dessas interações permite estabelecer metas de políticas públicas de desenvolvimento, tanto em relação à localização das atividades econômicas de produção quanto para ampliar o reconhecimento das relações sociais e espaciais que delas emergem.
As aglomerações urbanas mantêm e reforçam laços interdependentes tanto entre si como também com as regiões que elas polarizam (concentram, quando atrai a atenção para um determinado ponto) dentro de um dado território: é a polarização.
Uma das características marcantes da estrutura dos sistemas de cidades é a organização hierarquizada dos centros urbanos (a hierarquia urbana), que varia conforme o tamanho, a qualidade funcional e a extensão da zona de influência espacial dessas aglomerações. A hierarquia urbana é estabelecida a partir da capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar outros por meio da oferta de bens e serviços à população. Por exemplo, na sala de aula existem alunos cujas famílias ou parentes são procedentes de outras localidades e cidades. Quais os motivos pelos quais moram onde atualmente estão e quais foram os motivos da mudança de residência? As oportunidades de emprego, melhor instrução, melhores condições de vida, etc. Essa é a atração exercida pelas metrópoles globais (São Paulo e Rio de Janeiro), metrópoles nacionais (que influenciam todo o território nacional) e metrópoles regionais (que influenciam certa porção ou região do País) sobre outras categorias de cidades. São Paulo possui o maior conjunto urbano do país, reconhecida pelo IBGE como a Grande Metrópole Nacional, devido sua facilidade de atração.
A região metropolitana é estabelecida por legislação estadual, e corresponde a um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e de infraestrutura comuns, ou necessidade de seu estabelecimento, em fun­ção de um sistema de conexão existente entre as unidades que a compõem.
A atual classificação  da hierarquia urbana brasileira, realizada em 2007 pelo IBGE, está representada no mapa “Brasil: rede urbana, 2007” abaixo:

Os conceitos foram apresentados no documento entitulado Regiões de influência das cidades. As cidades foram classificadas em cinco grandes níveis:
1. Metrópoles - são os 12 principais centros ur­banos do País, que se caracterizam por seu grande porte e por fortes relacionamentos entre si, além de, em geral, possuírem extensa área de influência direta. O conjunto foi di­vidido em três subníveis, segundo a extensão territorial e a intensidade destas relações:
a) Grande metrópole nacional - São Paulo, o maior conjunto urbano do País, com 19,5 milhões de habitantes em 2007, e alocado no primeiro nível da gestão territorial;
b) Metrópole nacional - Rio de Janeiro e Brasília, com população de 11,8 milhões e 3,2 milhões em 2007, respectivamente, também estão no primeiro nível da gestão territorial. Juntamente com São Paulo, constituem foco para centros localizados em todo o País; e
c) Metrópole - Manaus, Belém, Fortaleza. Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curi­tiba, Goiânia e Porto Alegre, com po­pulação variando de 1,6 (Manaus) a 5,1 milhões (Belo Horizonte), constituem o segundo nível da gestão territorial. Note-se que Manaus e Goiânia, embora estejam no terceiro nível da gestão territorial, têm porte e projeção nacional que lhes garan­tem a inclusão neste conjunto.
2.  Capital regional - integram este nível 70 cen­tros que, como as metrópoles, também se relacionam com o estrato superior da rede urbana. Com capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de influência de âmbito regional, sendo referidas como destino, para um conjunto de atividades, por grande número de municípios. Como o anterior, este nível tam­bém tem três subdivisões. O primeiro grupo inclui as capitais estaduais não classificadas no nível metropolitano e Campinas. O segun­do e o terceiro, além da diferenciação de por­te, têm padrão de localização regionalizado, com o segundo mais presente no Centro-Sul, e o terceiro nas demais regiões do País. Os gru­pos das Capitais regionais são os seguintes:
a) Capital regional A - constituído por 11 ci­dades, com medianas de 955 mil habitantes e 487 relacionamentos;
b) Capital regional B - constituído por 20 cida­des, com medianas de 435 mil habitantes e 406 relacionamentos; e
c) Capital regional C - constituído por 39 ci­dades, com medianas de 250 mil habitantes e 162 relacionamentos.
3. Centro sub-regional - integram este nível 164 centros com atividades de gestão menos complexas, dominantemente entre os níveis 4 e 5 da gestão territorial; têm área de atuação mais reduzida, e seus relacionamentos com centros externos à sua própria rede dão-se, em geral, apenas com as três metrópoles nacionais. Com presença mais adensada nas áreas de maior ocupação do Nordeste e do Centro-Sul, e mais esparsa nos espaços menos densamente povoados das regiões Norte e Centro-Oeste, estão também subdivididos em grupos, a saber:
a)  Centro sub-regional A - constituído por 85 cidades, com medianas de 95 mil habitantes e 112 relacionamentos; e
b)  Centro sub-regional B - constituído por 79 cidades, com medianas de 71 mil habitantes e 71 relacionamentos.
4. Centro de zona - nível formado por 556 cida­des de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Subdivide-se em:
a) Centro de zona A - 191 cidades, com media­nas de 45 mil habitantes e 49 relacionamen­tos. Predominam os níveis 5 e 6 da gestão territorial (94 e 72 cidades, respectivamente), com nove cidades no quarto nível e 16 não classificadas como centros de gestão; e
b) Centro de zona B - 364 cidades, com medianas de 23 mil habitantes e 16 relacionamentos. A maior parte, 235, não havia sido classificada como centro de gestão territorial, e outras 107 estavam no último nível daquela classificação.
5. Centro local - as demais 4 473 cidades cuja cen-tralidaae e atuação não extrapolam os limites do seu município, servindo apenas aos seus ha­bitantes, têm população dominante inferior a 10 mil habitantes (mediana de 8 133 habitantes).
As cidades brasileiras desempenharam importantes funções no processo de ocupação do território e serviram como sítios de suporte ao povoamento, centros de controle político e de armazenamento da produção agro-extrativa, núcleos de conexão com os circuitos mercantis, pólos de crescimento industrial e nós das redes financeira e informacional.
Desde o século XVI até os dias atuais, podem ser identificadas diversas formações territoriais que expressam as distintas relações entre cidade e campo e mesmo entre as cidades no processo de desenvolvimento brasileiro. Com base no estudo do geógrafo Cláudio A. G. Egler, podemos sintetizar essas formações territoriais, observando os mapas “Brasil: expansão urbana, 1534-1930” e “Brasil: expansão urbana, 1930-1993”:


a) formação territorial escravista atlântica: durante a economia colonial, deu-se segundo a lógica do comércio triangular atlântico em uma economia submetida ao monopólio mercantil e controle metropolitano, e, durante o período de formação dos Estados nacionais, funcionou de acordo com estruturas de poder oligárquicas (predomínio de pequeno grupo na direção dos negócios públicos) e latifundiárias. No caso do Brasil, essas duas fases são muito explícitas, correspondendo ao Período Colonial (de 1500-1534 até 1808-1822) e ao Império Nacional (1808-1822 até 1870-1889). No Período Colonial e durante o Império Escravista, as cidades distribuíam-se pela franja costeira com adensamentos nas áreas do Saliente Nordestino (Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) e os Recôncavos das Baías de Todos os Santos (Bahia) e da Guanabara (Rio de Janeiro)  e em estuários e baixadas costeiras (Baixada Santista). A mineração de metais e pedras preciosas foi responsável pela interiorização do fato urbano nas Minas Gerais e Goiás. A extração das drogas do sertão (especiarias extraídas do sertão do Brasil como cravo, canela, pimenta, urucum, castanha e baunilha) promoveu esporádico assentamento urbano na Bacia Amazônica e no Golfão Maranhense. O Vale do Paraíba Fluminense foi responsável pela principal atividade econômica dessa fase - a plantation escravista de  café. A geopolítica imperial foi a responsável pelos avanços na fronteira meridional e na Bacia do Prata, levando o assentamento urbano para o interior da antiga província de Mato Grosso, ao longo da bacia do rio Paraguai. O avanço do complexo cafeeiro paulista, considerado o principal motor do processo de interiorização do crescimento urbano, avançou pelo Planalto Paulista ao longo do traçado das ferrovias que abriam terras e escoavam o café para o porto de Santos;
b) formação territorial agromercantil nacional (1870-1889 e 1930-1945): ler na página 32, item 2;
c) formação territorial urbano-industrial nacional (sua consolidação ocorreu a partir da década de 1930)
            Observem as “Relações entre as cidades em uma rede urbana”:

                Compararem as concepções clássica e moderna de rede urbana acerca das transformações nas relações entre as cidades contemporâneas diante do avanço tecnológico e da globalização da economia. O esquema clássico estabelece uma hierarquia de relações entre as diferentes cidades, onde as cidades estabelecem suas interações com as cidades imediatamente inferiores ou superiores.  Desse modo, a cidade local exerce influências e é influenciada pela vila e pelo centro regional. A vila, porém, não tem interações diretas com o centro regional, devendo "passar" primeiramente pela cidade local. O nível mais elevado nessa hierarquia de rede urbana é a metrópole nacional. No esquema atual, as relações concretas entre as cidades contemporâneas não seguem a hierarquia do modelo clássico de rede urbana. Em função do desenvolvimento tecnológico, da evolução no sistema de transportes e de comunicação, as interações entre as cidades têm sido alteradas, permitindo a quebra na hierarquia urbana e mudanças expressivas nas formas das cidades se relacionarem entre si. Esse processo viabiliza uma maior flexibilidade nas relações entre cidades por intermédio da disseminação (descentralização maior) dos fluxos e das relações entre as cidades de diferentes dimensões.

Atividade Avaliativa (Individual e Manuscrita)
 
Datas de entrega:
2ºA - 14/09
2ºB - 14/09
2ºC - 17/09
2ºD - 14/09
2ºE - 14/09
2ºF - 16/09
2ºG - 14/09
2ºH - 17/09
2ºI - 16/09
2ºJ - 16/09


1. Defina o termo rede urbana. 
 
2. Leia a frase abaixo: 
A rede urbana é formada por centros urbanos de dimensões semelhantes, cujas relações são estáticas entre si e com campos de forças de similares magnitudes que não interagem no decorrer do tempo.”
 Você concorda com a afirmação acima? Justifique sua reposta.
   
3. Observe o esquema abaixo:
 


Analise o esquema apresentado e com base nos conhecimentos adquiridos com a leitura dos textos de apoio, redija um texto (entre 15 e 20 linhas) comentando as principais diferenças entre os esquemas Clássico e Atual das relações entre as cidades em uma rede urbana.

4. Diferencie os termos Metrópoles nacionais e Megalópoles. 

5. Analise o mapa a seguir:  

a.) Quais fatores foram responsáveis pelo surgimento da megalópole brasileira? 
b.) Quais elementos definem a existência de uma megalópole? 
c.) Qual a principal via que interliga as metrópoles?